Foi-se.

Acabou o Natal. Aleluia, aleluia, acho que se eu visse outro Papai Noel ou mensagenzinha de 'Feliz Natal' eu vomitava.Acho engraçado que a época de Natal, de enfeitar as casas e fazer promoções começam, tipo, em Outubro. Dia 26 de Dezembro já não tem mais nada.

Mas agora vem uma data ótima, que é o fim do ano. Como todo mundo sabe, no fim do ano nós tiramos as conclusões do ano que passou, revemos mentalmente a quantidade de merda e desgraça que rolou e decidimos que vamos mudar completamente no ano que vem. Sinceramente, eu não acho que 2009 tenha sido de todo mal. Eu me dei muito bem em 2009. Quer dizer, eu sempre coloco em uma escala comparativa e, comparado com 2008, caraca, 2009 foi muito, muito bom. Eu me dei bem em vários sentidos diferentes. Ok, ainda tem tempo de acontecer uma megadesgraça, mas não estou pensando nisso.

E outra coisa: por que 95% das pessoas - isso se não for mais - querem "mudar completamente"? "Virar outra pessoa"? "Parar de assistir ao programa do Silvio Santos"? Eu estou feliz do jeito que estou. Não quero mudar completamente, começar tudo de novo. Eu tenho amigos legais, uma casa, estou no Terceirão, não sou encanada com meu peso e acho que sou bem bonita. Meus amigos dizem que eu sou gostosa. Eu tenho um QI de três digitos (e não, não é 007, hahaha. É mais de 100. Morra). Eu tenho um pai e uma mãe legais. Vou ter um hamster chamado Colt. Escrevo bem e tenho imaginação fértil. Pra que eu vou querer mudar completamente?

Mas claro, existem aquelas coisas que eu quero parar de fazer, as coisas que eu ainda quero fazer. Então vou fazer uma lista. Não porque eu acho que alguém se interesse, mas porque daí, em 2010, eu posso lembrar quais são.

1) Ver todos os filmes do Star Trek. Pelo amor de Deus, eu sou tipo, muito nerd. Eu sei as falas de Back to the Future e Star Wars de cor. Sei soletrar Spielberg. Mas nunca vi todos os filmes. Sou um fracasso.

2) Parar de me apaixonar por emos e homossexuais. Chega. Sério. Não aguento mais isso. Hora de me interessar por gente decente e que gosta da fruta que eu ofereço.

3) Estudar com mais empenho. Eu sei o que vocês estão pensando: Como é que uma menina inteligente dessas precisaria de mais estudo? Ela é a reencarnação de Mozart, Einstein!. Mas eu preciso mesmo estudar mais, se quiser cumprir a promessa que eu fiz com a Jade, de não ficar em recuperação em NADA.

4) Aprender a tocar violão. Não que eu vá virar uma Kirk Hamett da noite pro dia, mas ao menos começar.

5) Escrever um livro. Não fanfics. Não blogs. Não artigos pro site. Um li-vro.

6) Dormir pelo menos uma vez por mês na casa da minha amiga mais foda. E por isso, eu quero dizer Voltar a viver na casa da Jess. 

7) Me apaixonar. 

8) Ir a algum show pra nunca mais esquecer. Tipo do McFLY ou do Paramore.

9) Ir a mais alguma ópera. Com a Jess.

10) Parar de falar a palavra "tenso" em cada frase e parar de digitar "rs" no fim de cada frase. Porque isso é tenso, rs.

11) Ir a um culto da Igreja Universal. (edit: Com a Jess) Ferrem-se. Eu tenho curiosidade de ir.

12) Vender todas as minhas roupas antigas em brechós e comprar novas. Isso vai ser mutcho batcha.

13) Mudar de operadora de celular. Só pra testar o milagre da portabilidade.

14) Me meter em uma briga feia. E ganhar.

15) Mandar alguém que está falando uma babaquice calar a boca. Vou fazer isso muito, pelo jeito.

Viu? Pequenas coisas, e eu vou continuar a mesma pessoa linda de QI grande.

Porque eu tenho razão em odiar visitas.

Acredito que essa é a situação em vários lares brasileiros e do mundo, não só do mundo, da Bahia! A neura das mães quando vem visita em casa. Elas começam a entrar em parafuso uma semana antes. Começam a planejar, a avisar "Nem pense em sair no sábado, sua tia-avó de quarto grau vem aqui e faz tempo que ela não vê você!" e coisas do tipo, e você já começa a ver que não vai prestar.

Aí elas começam a planejar a casa. Tem que estar tudo nos conformes. Elas começam sutilmente para que você não perceba o AVC que elas estão prestes a ter. Mandam você lavar uma louça. Você já fica cabreiro. Ela pede pra você não entrar com os sapatos dentro de casa. Você levanta uma sobrancelha. De repente ela manda você colocar o lençol pra dentro da madeira da cama e a camisa pra dentro da calça. Aí é a hora de você levantar os bracinhos e gritar "FODEU, NEGADA".

No dia, mesmo, é o pior. Você se torna prisioneiro daquele motherfucker que veio da PQP para te ver, ver como você cresceu e apertar suas bochechas. Você tem que arrumar a casa inteira várias vezes ao dia e ai de você se ela te vir de cabelo despenteado. Ela acorda às 8 da manhã pra começar a trabalhar na cozinha e depois disso só vai piorando. As próximas horas, até as visitas chegarem, é um pandemônio. Ela não vai suportar te ver sentado no computador, escrevendo na droga do seu blog, assim, tão útil sem fazer nada. Ela não vai deixar você respirar. Ela não vai deixar você viver. Ela está a espreita, observando todos os seus movimentos, e quando você perceber que Lúcifer se apoderou do corpo da sua mãe, alguém no portão chama: são as visitas. E de repente, Lúcifer sai do corpo da sua mãe e quem se apodera dele é Castiel com seu sorrisinho. Sua mãe sorri e vira uma pessoa super agradável, mas ela fica repreendendo sorridente TUDO que você faz. Aos olhos dos outros, quem está ali é um anjo casto.

Mas você sabe quem já esteve ali. É.

ps: Sim, esse post é um desabafo porque hoje as avós do meu irmão vêm aqui pro aniversário dele e minha mãe entrou em parafuso. É.

Dois acordes ou a guitarra inteira? Eis a questão.

Meu pai toca saxofone. Ele tinha uma banda quando estava na faculdade e é amigo dos caras da banda até hoje, tipo MUITO amigos. Eles tem um grupo que se junta tipo todo mês pra tocar, porque parece que todo mundo que estava na faculdade na década de 80 sabe tocar um instrumento. Enfim, eu vou muito a essas reuniões e o pessoal lá toca muito. E por essa influência musical que eu tenho desde pequena, seja por meu pai que me apresentou ao jazz, seja por minha mãe que minha apresentou ao Chico Buarque, seja pelo meu irmão que me apresentou ao Queen, o AC/DC e o Metallica, eu posso dizer que conheço muito de música.

E agora que eu me viciei definitivamente em Supernatural, eu tenho sido ainda mais influeciada pela trilha sonora da série, que na minha opinião é a melhor - não a série, a trilha sonora. Se bem que a série também é a melhor. Dean e Sam são uns motherfuckers de bom gosto que só ouvem AC/DC, Metallica, Led Zeppelin e as outras nessa linha. E a minha favorita, de todas essas bandas, é o Metallica. E essa semana passou na MTV um show do Metallica na Cidade do México, um show ao vivo, um show foda.

Ouça isso. Mesmo que você não curta muito metal. Ouça essa música. Veja a técnica que o James - o da barbicha sensual - usa pra tocar a guitarra. Veja a parte do solo com atenção, olhe como o James e o Kirk - o que parece o Jack Sparrow, de acordo com a Mirella - tocam, veja como seus dedos se mexem rápido e eles utilizam a guitarra inteirinha, cada acorde possível, TUDO.

Aí ouça isso.

http://www.youtube.com/watch?v=hUKwo47p4Gc&feature=related - não consegui o link pra incorporar.

Ouviu? Eu sei! Desculpe por ter colocado isso, mas eu precisava de algo pra comparar! Me perdoem, eu sei, arranha os ouvidos, é horrivel, é nojento, é repulsivo.

Agora me digam: eu não tenho razão em querer dar uma voadeira nas costas das coloridinhas fãs do Cine? Não tenho razão quando me vem alguém dizendo "Ui, você ouve Metallica? Prefiro Restart, muito mais legal" e a minha vontade é de dar uma de Chuck Norris e mandar um Roundhouse Kick na pessoa?

E o Metallica vem pra cá em janeiro. Eles vão pra Sampa e POA. E eu não estarei lá.

NatGeo, especial "Vou sonhar com essa porra" apresenta: Emos.

Muita gente - e quando eu digo muita, quero dizer muita mesmo - diz que eu sou emo. Razões pra isso: tenho uma franjinha sensual que eu uso pro lado e eventualmente cai no meu olho, uso All-Star, calças apertadinhas e choro por motivos estranhos. Enfim, hoje eu vou falar sobre essa febre que se espalhou e que NÃO ME PEGOU, inferno: A dos emos.

Essa é uma emo, e eu sou diferente dela, TÁ?

Emos são aquelas pessoas que você vai encontrar na pracinha do Majestic, com suas spikes, cabelos com mais chapinha e laquê do que todo o elenco de Hairspray, calças tão justas que foi necessário o uso de vaselina pra que entrassem nelas e seus rostos quase invisíveis debaixo de tanta franja e maquiagem. Eles gostam de rir alto e abraçar pessoas que eles conheceram a cinco minutos, pois são famintos por atenção e carinho. Normalmente os emos são perturbados por pais ausentes e dores profundas do fundo das suas almas, regadas a muito Tokio Hotel, NX Zero e navalha nos pulsos. Emos choram muito, por isso seu rímel tem que ser sempre à prova d'água. Emos gostam de cabelos tensos, repicados, coloridos e pra cima, maquiagem zoada e sobrancelhas que eu nem vou falar. Alguns emos tem mais de 20 anos mas ainda curtem seus bonequinhos, tiarinhas e coisinhas infantis do gênero.

Essa é a Audrey Kitching, rainha dos emos e dos baixinhos.

Resumindo, emos são perturbados e perturbadores. E agora a moda parece que está se disseminando com muito mais facilidade, pois todo mundo quer ser / adora ser / adora quem é emo. Assim como a moda de virar bissexual / homossexual / não-sei-direito-sexual. Emos são pessoas chatas que não tomam banho regularmente - isso foi comprovado por mim num evento de animês/games; não quero falar sobre isso - e querem ser seus melhores amigos. Emos tem fotologs e ficam famosos com suas fotos photoshopadas e vídeos sem nexo no Youtube. Emos escrevem AxXiMmM e isso é CHATO PRA CARALHO. Eles usarão de todos os artifícios possiveis para conseguir trazer você para o lado deles.

Modos de evitar a contaminação: evite locais fechados que tenham cheiro de laquê, pracinhas públicas e, principalmente, MUSEUS. Se você vir alguém com a calça tão apertada que parece parte da pele, desconfie. Sempre cheque os pulsos de seus amigos enfranjados: caso aja marcas de cortes, corra. Um abraço, uma música do Tokio Hotel e você pode acabar ficando assim:

Isso já foi um ser humano.

Tenha medo. Tenha muito medo.

Uma relação obscena: A Mãe e sua Cozinha.

Talvez eu deva ser mais específica quanto ao título. É a relação obscena entre a minha mãe e sua cozinha. Quem já foi visitar inocentemente a cozinha da minha mãe sabe que é um mundo novo lá dentro. Minha mãe é aquela pessoa chata (E GLAMUROSA, MÃE!) que vai na Via Inox da Tramontina e diz pra atendente "Estou procurando por algo que eu não tenha". A atendente dá aquela excitada pensando "Oba, vou vender", e vai mostrando tudo com um sorriso que só atendente tem, um sorriso que é de teflon com certeza. E ela vai murchando enquanto minha mãe, com aquele sorriso malvado que só minha mãe tem, vai dizendo "Tenho. Tenho. Tenho três. Tenho. Tenho em qualidade melhor. Tenho. Esse aqui...? Ah, também tenho. Cinco desses".

Isso é o tipo de coisa que a minha mãe faz quando tá depressiva, sabe, pra aumentar a auto-estima e tal. Ou não.

Eu lembro quando nossa cozinha era uma cozinha normal. Tinha panelas, pratos e canecas, como toda cozinha normal. Até que HFUHIPFHUIFHIFUIPHPFFFFFFFFFFFFFFFFF... Isso era pra ser um barulho de furacão e tal... Minha mãe começou a trazer pratoscanecastalherespanelascacarecos e até UM BANCO DE ANÃO! Sim, sério. Nossa cozinha tem um banco de anão pendurado na parede, coberto de panelas.

Minha mãe roubou o banco da miniversão de A Praça É Nossa pra pôr as panelas. Tsctsc.

E não para por aí. Minha mãe é a rainha dos ganchos. Minha mãe é a prova de que Newton estava errado. Dois corpos podem sim ocupar o mesmo espaço ao mesmo tempo, principalmente se esses corpos forem bugingangas de cozinha. Minha mãe tem uma relação obscena com a cozinha. Toda vez que ela diz que vai viajar uma luz na minha cabeça aponta pra cozinha. Ela vai voltar com algo. É. E ela volta! Ela volta com talheres, panelas, canecas, QUALQUER COISA. E ela não usa 2/3 de tudo aquilo. Ela compra porque é tudo tão lindo. Tem certos cacarecos que minha mãe trouxe que eu NUNCA a vi usando. Mas ela diz que usa. Aham, é. Duas vezes.

O lance é que nossa cozinha não é tão grande. Nossa cozinha tá saturada. Não existe mais espaços para canecas, panelas, talheres; Lotamos. Mas minha mãe continua com aquele brilho no olhar, o brilho do olhar de alguém que pretende comprar mais porcarias para sua cozinha. E toda vez que eu trago o assunto a tona, ela lança um olhar furtivo ao meu quarto e sorri, malevolamente, dizendo "Haverá espaço".

Minha MÃE pediu esse post.

E como ela é minha mãe e eu tenho medo de perder meus dentes da frente a amo demais, vou fazer o post sobre o assunto que ela me sugeriu: Amigo secreto. Afinal, é fim de ano! Época de amigo secreto, desde as famílias perturbadas por espíritos holandeses até as repartições públicas com funcionários malucões. É, tirem seus papeizinhos e preparem o discurso, vai começar!

Eu já tive amigo secreto esse ano, na minha turma. Todo mundo tinha que dar de presente um chocolate e/ou uma caneca. Eu ganhei uma caneca muito linda de um gato que parece um hot-dog, assim, sensual mesmo. Minha BFF recebeu uma caneca com nariz e achou o máximo. Mas eu senti muitas cenas constragidas no AS desse ano. Pense que você tirou a pessoa que mais odeia da turma inteira e não te deixam trocar. Você, pra não ser um PNC (não digo pau no cu logo porque minha mãe vai ler depois e é bem capaz de ela mandar eu tirar), vai comprar o presente. Compra logo o mais barato e mais furreca que tem, porque não quer ser bonzinho. Cospe dentro do pacote, leva num pai de santo pra fazer uma macumba braba e no dia está puto porque vai ter que fazer pose de simpático pro resto da turma/família perturbada por espíritos holandeses/repartição pública com funcionários malucões. Então você vai lá, com um sorriso amarelo, fala qualquer coisa pra se livrar da situação, finge que tá abraçando pra foto e acaba com a desgraça.

Honestamente, é uma das situações que eu mais detestei passar na vida. Está no Top Five das minhas raivas passadas, principalmente porque todo mundo lá na turma sabia que eu ODIAVA a pessoa. É. Foi tenso.

Aí outro dia minha mãe me convidou pra participar de um amigo secreto aqui em casa. Moramos eu, ela e meu padrasto. Imagine toda a surpresa e a emoção no dia da revelação.

Enfim, parece que mais uma pessoa vai participar do amigo secreto, mas vai ser bem legal. Eu quero ver de onde eu vou tirar dinheiro. Mas se eu pegar minha mãe, já sei o que vou dar pra ela: Uma seringa cheia de tranquilizante, direto no braço. Ééé.

Ou um livro de culinária. Acho que tenho mais coragem de dar um livro de culinária.
Mas a vontade é todinha da seringa.


Ps: Antes que alguém pense, eu NÃO odeio minha mãe, não quero matá-la e não me inspiro no Stewie Griffin de Family Guy. Mas é que, como ela vai ler, quis zoar com ela. Tadinha. Toda orgulhosa porque a filha tem um blog. TE AMO MÃE, FAZ UM BLOG TAMBÉM!

Ou não.

Uma relação obscena: A Mulher e sua Chapinha.

Hoje eu estava extremamente entediada às 16h e fui fazer o que eu faço em muitos domingos: Fui visitar dona Erondina, minha querida avó. Minha avó é fofa e adora fazer comidas que envolvam ovo, o que me deixou com problemas pra comer ovo na minha própria casa por muito tempo. E minha avó, apesar de já ter passado dos 80 anos - éé - ela é uma pessoa com umas ideias muito legais e raciocínio rápido, e uma memória melhor que a minha. Enfim, hoje eu estava contando pra ela sobre o lance da Camilla Brito no Twitter de ontem e a gente - vai entender porquê, er - chegou na Mulher Melancia, e minha avó reclamou que hoje em dia as mulheres eram todas bonitas, mas bonitas-falsas. Que hoje em dia era só peituda de verdade a que pusesse um bom silicone, que a magra era aquela que fez lipo e a de cabelo liso era aquela que fazia chapinha (bem nessa hora eu prendi meu cabelo pra que ela não percebesse que EU estava de chapinha recém-feita, er).

Por um lado, eu concordo com vovó. Hoje em dia, muita garota é bonita só na base da make e da chapinha. Tá, tá, eu sei, eu também uso muita maquiagem e faço chapinha quase todo dia, mas o que eu quero dizer é que eu realmente consigo viver sem isso. Eu tenho um rosto simétrico, não tenho nenhuma espinha, só uns cravos no queixo que nem aparecem. Eu tenho um cabelo de uma cor bonita, bem hidratado, olhos castanhos como dois terços da população e eu sou alta pra minha idade. Resumindo, eu sou bonita de verdade, e como eu tô no blog posso não ser modesta e ser realista. Eu sou, fazer o quê? Feia eu não sou.

Mas tem meninas que não são nada sem sua chapinha. Eu já vi menina que leva a chapinha pro colégio pra passar na hora do recreio. Meninas que saem da sala de aula no meio de uma prova pra passar maquiagem. Sério. Teve uma garota que o pessoal achava que ela estava com drogas na bolsa, porque tava muito cheia. Abriram a bolsa dela e era tudo em maquiagem, escovas e o diabo.

E eu não vou nem falar das neuróticas por magreza, porque isso merece um post especificamente pra isso.

Agora, a pergunta é: Por que as mulheres são tão obcecadas por questões como cabelo e maquiagem? Eu respondo porque, finalmente, essa pergunta eu sei a resposta. Não é pelos homens. Toda mulher sabe que os homens não ligam se o seu cabelo é o mais liso do salão ou se a sua boca é a mais englosada (?). Toooda mulher com mais de 10 anos de idade sabe que o que o homem vê é o peito, a bunda e as pernas. As mulheres também não se arrumam "pra se sentir bem". Quer dizer, se você fica bonita e se sente bem, é um bônus, mas a chance de você se enfiar em sapatos de saltos 10,5 e se sentir bem é bem pequena; a maior chance é que você vire uma deusa do sexo avassaladora e sensual, mas morta no fim da noite.

A resposta é a coisa mais simples do mundo: As mulheres se arrumam para as outras mulheres.
Eu sei bem como é.

Ah, lá vem mil meninas se fazendo e dizendo que não é. Então me diz uma coisa: Por que a gente escolhe um vestido diferente pra cada festa? Porque os meninos vão perceber e vão te achar feia? Porque você vai se sentir mal com aquele vestido maravilhoso de seda que você usou na última festa? Ou porque as suas amigas mais maldosas vão secretamente comentar sobre o fato de que você usa vestido repetido, como aquela mina chata do filme da Lizzie McGuire? Ah, pois é.

Foi comprovado cientificamente pela Claudia Raia no filme dos Normais 2: Toda mulher nasce bissexual. As mulheres se importam muito mais com a opinião das amigas do que a do namorado. As mulheres se inspiram no que as mulheres pensam, ao invés do que os homens pensam. Se um cara diz que você está MARAVILHOSA, você não acredita, mas se suas amigas falam, aí é de verdade. Pare pra pensar nisso por um momento. Não é verdade? Estou errada?

Ou isso não ecziste? Então tá bom, sua gorda.

A linha tênue entre Paris Hilton e as outras.

Se você já fez, pretende fazer, está fazendo agora (!) ou acha legal fazer um vídeo de sexo ou fotos só de calcinha e sutiã e pôr na internet pra todo mundo ver, pare de ler agora. E se você está fazendo um agora e está lendo isso aqui... Eca.

Então, ontem no Twitter (o meu vício, cala a boca) aconteceu um barraco com uma boa repercussão que me caiu como inspiração pra falar de algo que eu também vi no TMZ ontem. Uma garota, cujo nome não será citado, resolveu pôr sua Twitcam pra funcionar e como viu que o negócio não ia muito bem, resolveu mostrar sua linda bunda pra todo mundo ver. Claro que isso alavancou a audiência mais do que último capítulo de novela do Manoel Carlos e todo mundo mandou ver em xingar, defender e estimular a "gatinha". Eu admito que adoro esses barracos no Twitter, até porque eu já conheci muita gente muito legal nesses barracos e é divertido.Mas eu me senti mais P da vida porque a garota é da minha cidade e aqui já tem fama de só ter putinea, imagina quando os gringos virem isso.

Essa é a bunda dela, que vai me dar mais IBOPE também.

Enfim, logo depois que eu sai do Twitter fui assistir TMZ, meu programa semifavorito, e uma matéria me fez lembrar dessa garota. Adam Lambert. Sabe quem é? Não esperava que soubesse. Ele ficou em segundo lugar no último American Idol e o cara é tipo megabom. Perdeu porque o outro não era gay.

Esse é o Adam Lambert. Ele canta bem, mas é gay e por isso a América preferiu deixá-lo em segundo.

Enfim, como Adam ficou em segundo, precisava de algo pra alavancar sua carreira. Então o que ele fez? Uma apresentação no American Music Awards em que na coreografia um cara de quatro enfiava a cara na virilha dele enquanto ele cantava, e do além ele chegou no tecladista e meteu-lhe um daqueles beijos de desentupir o útero (?). Isso causou o poderoso bafão que fez meio mundo ir correndo atrás do CD dele.

Isso é algo que o TMZ chama carinhosamente de SCANDALICIOUS. A fórmula pra felicidade dos artistas hoje em dia é a mais simples. Você + escândalo/polêmica/barraco = Popularidade instantânea. Se tiver algo a ver com homossexualidade ou sexualidade no geral, então, nossa. Vai às alturas.

Agora, por que as pessoas são tão viciadas em escândalo? Por que Paris Hilton fez um vídeo pornô e de repente seu nome é capa de revista? Por que as fotos safadinhas da Vanessa Hudgens deslizaram feito fogo em pólvora pela internet? Por que todo mundo fala do fato do Adam ser gay, ou do vídeo sensual da Carmen Electra (nenhuma novidade pra mim até agora), ou sobre uma garota que usa um vestidinho curto demais em um lugar que não devia? Por que as pessoas têm essa necessidade maluca de escândalos, de ver bundas, de ver peitos, de saber que fulano beijou não-sei-quem, mas OMFG, ele não era gay? Por quê?

Eu faço essa pergunta não porque eu ache que quem pensa assim é idiota. Eu adoro ver um barraco. Eu adoro julgar as pessoas e falar que fulana é vadia ou que sicrano é um idiota. Eu sou a pessoa mais sucetível a isso. Nossa, por que vocês acham que eu assisto TMZ? Mas o que eu não entendo é a necessidade que algumas pessoas tem disso, ao invés de só rirem da cara alheia por pura maldade, que provavelmente é o meu caso. Digo, aquelas pessoas que tem assinatura da Contigo, Caras e Tititi, sabe? Queria entender isso.

Talvez o ser humano só seja cruel mesmo.

Ou burro. Ou os dois.

E não percam, no próximo post, minhas fotos sensuais com uma lingerie cor-de-rosa da Victoria's Secret.

Oooooooou não.

Terrorzinho barato, revertimento e adolescência.

Acho megaengraçado esses vídeos do Youtube de terror do tipo "Xuxa Demoníaca". Já viu esse? É bem velhinho, eu devo ter visto na sétima série - eu estou indo pro Terceirão, mané. Na época eu me borrei de medo e fiquei tipo uns dois dias pensando na Xuxa com aquela cara de sonsa cantando aquela parada de fumo no mato e o Exú que ia me pegar e tal. Eu nem lembro direito dessa porcaria. Mas era tipo assim: Uma música da Xuxa, revertida, que fazia ela falar coisas nonsense tipo "Vamos fumar" e tal. Aquela coisa do fenômeno-tens-tempo. Na época me assustou tanto, mas hoje em dia eu me mato de rir só de lembrar. Como é que eu fico com medo de uma coisa dessas? Qualquer um pode ouvir qualquer coisa de uma música revertida; é só estar superafim de ouvir uma coisa bizarra de uma música revertida.

Então, outro dia eu resolvi fazer o teste. Peguei uma música qualquer do César Menotti e Fabiano e botei meus conhecimentos de DJ pra funcionar e reverti a porcaria. Ouvi uns seis palavrões e uns negocinhos que fariam o pessoal do AC/DC e do Metallica mijar nas calças de tanto rir, tipo assim "O Demônio -----  te pegar -------- no mural" (esses ---- são quando as palavras cantadas não tinham sentido no contexto e/ou não eram porra nenhuma). É, pois é. Se você pegar o CD do César Menotti e Fabiano e ouví-lo todinho revertido, vai conseguir comprovar duas coisas. Um: Nem revertida aquela porcaria é boa. Dois: Você é um idiota, como eu, de ficar testando essas porcarias.

Outro dia eu também estava vendo uns videozinhos de fantasmas no Youtube. Aquelas fotos que tem vultos brancos, sombras estranhas ou até mesmo aquela - CLÁSSICA - da mina segurando uma boneca flutuando no meio de um corredor. Aquela lá mesmo é a melhor de todas. Mas assim, sabe aquela coisa que você vê e você ENTENDE que não é uma assombração e começa a rir de tão bizarro? Foi assim. Também foi assim ontem, quando fui assistir Atividade Paranormal e eu e meu pai quase nos mijamos de tanto dar risada. Parecia um filme do Eddie Murphy e não um "respeitado documentário do capeta".

Acho que é mais uma daquelas coisas que a gente perde quando vira adolescente: O medo de coisas bestas. Claro que ainda tem aquelas gurias Hello Kitty que berram por tudo (tinha uma dessas ontem no cinema, até que um tio lá mandou ela calar a boca, caralho! e ela parou) que nunca vão perder o medo, mas eu digo, a maioria de nós perde o medo dessas coisas junto com o credo em Papai Noel, a possibilidade de comer oito quilos de chocolate sem engordar e a graça de falar palavrões na mesa de jantar (se você já tem todos os dentes na boca e já faz no peniquinho porque é grandinho, não fale palavrões na mesa de jantar esperando que sua mãe ache uma graça. Ela vai é te dar com o prato na boca e fazer você perder todos os seus dentinhos e fazer você borrar nas calças. Ou talvez seja só a minha mãe que fazia isso).

Em compensação você ganha altura, gordura, responsabilidades de quase-adulto, hormônios FDPs e pentelhos.
Adolescência sucks, indeed.

Videozinho da Xuxa pra você não dormir a noite,

Blogs, baboseiras e groupies.

Acho blogs moderníssimos. Não só pelo fato de serem coisinha de Internet, que é relativamente inédita, mas também pelo lado de serem armas eficientíssimas pra aumentar a popularidade dos cidadãos. Tem muita gente que se faz na vida pela Internet. Muita gente que ganha admiradores, haters, groupies e dinheiro, muito dinheiro pela Internet. Marimoon poderia ser só uma jovem retardada de cabelo rosa pelo resto da vida, mas ela fez um Fotolog e espalhou sua retardadice pelo Brasil, e agora recheia a bolsa de dimdim que ganha no seu lindo programa na MTV. Chris Crocker podia ser só mais um boiola com tara pela Britney desse mundo, mas ele passou um bom eye-liner e chorou pela Brina. Resultado: Foi convidado pra programas de TV, encheu a bunda de groupies e haters e se fez pelo mundo.

Mas nem todo mundo que se faz pop pela internet é um completo retardado. Tem gente muito boa, como o Meu Melhor Amigo Gay, o Marcus di Bello e o Giovanni. Tem gente com videos superlegais no Youtube, gente com Fotologs maravilhosos, gente com blogs que você se ajoelha na frente do computador de tão bons que são.

Então, como quero ser pop, fiz um blog.
Não, tô de zoação. Fiz um blog porque eu adoro fazer blogs.

Mantê-los já é mais complicado. Mas acho que esse é mais legal de manter, sei lá, ele tem um layout bonitinho. E eu tenho minhas inspirações pra manter.

Depois eu posto algo mais decente.