Isso é o tipo de coisa que a minha mãe faz quando tá depressiva, sabe, pra aumentar a auto-estima e tal. Ou não.
Eu lembro quando nossa cozinha era uma cozinha normal. Tinha panelas, pratos e canecas, como toda cozinha normal. Até que HFUHIPFHUIFHIFUIPHPFFFFFFFFFFFFFFFFF... Isso era pra ser um barulho de furacão e tal... Minha mãe começou a trazer pratoscanecastalherespanelascacarecos e até UM BANCO DE ANÃO! Sim, sério. Nossa cozinha tem um banco de anão pendurado na parede, coberto de panelas.
Minha mãe roubou o banco da miniversão de A Praça É Nossa pra pôr as panelas. Tsctsc.
E não para por aí. Minha mãe é a rainha dos ganchos. Minha mãe é a prova de que Newton estava errado. Dois corpos podem sim ocupar o mesmo espaço ao mesmo tempo, principalmente se esses corpos forem bugingangas de cozinha. Minha mãe tem uma relação obscena com a cozinha. Toda vez que ela diz que vai viajar uma luz na minha cabeça aponta pra cozinha. Ela vai voltar com algo. É. E ela volta! Ela volta com talheres, panelas, canecas, QUALQUER COISA. E ela não usa 2/3 de tudo aquilo. Ela compra porque é tudo tão lindo. Tem certos cacarecos que minha mãe trouxe que eu NUNCA a vi usando. Mas ela diz que usa. Aham, é. Duas vezes.
O lance é que nossa cozinha não é tão grande. Nossa cozinha tá saturada. Não existe mais espaços para canecas, panelas, talheres; Lotamos. Mas minha mãe continua com aquele brilho no olhar, o brilho do olhar de alguém que pretende comprar mais porcarias para sua cozinha. E toda vez que eu trago o assunto a tona, ela lança um olhar furtivo ao meu quarto e sorri, malevolamente, dizendo "Haverá espaço".
Tai, pega dois jogos americanos, por favor? :D
ResponderExcluirMeus utensílios, filha-mais-que-amada, são como o seu cérebro: são pouco usados e com resultados duvidosos, mas estão lá para o dia que se aprenda a lidar com eles
ResponderExcluirbeijim