segunda-feira, 4 de janeiro de 2010

Boys like girls, girls like boys, some boys like boys, some girls like girls.

Outro dia fiquei sabendo que o Ne-Yo é gay. Fiquei chock, claro. Sempre acho estranho quando esses caras da mídia saem do armário - ainda mais o Ne-Yo, que vive se pegando com mil garotas nos clipes e tem aquela boca que mais parece um par de hamburguers. Também vi uma entrevista - não sei nem porquê - do DH, aquele superfofinho (n) do Cine anunciando que está apaixonado por um menino. A Lady Gaga se lambeu com umas garotas meio folks no clipe de Papparazzi. Katy Perry emplacou com I Kissed a Girl. A Lindsay Lohan está se rastejando pela Samantha Ronson. No meu colégio - que é tipo, enorme, e exatamente por isso dá de tirar tantos exemplos de tantas coisas de lá - 85% das pessoas são bissexuais, ou já teve, ahn, experiências com o sexo oposto.

Estou nesses 85%. É.

Mas eu acho estranho isso. Ser bissexual é modinha? Muito esquisito. Claro, toda modinha é esquisita. Mas essa, em especial, é uma das mais esquisitas dos últimos tempos. As pessoas não costumavam ser, tipo assim, homofóbicas por natureza e por criação? Não sei se isso é algum modo muito bizarro de se declarar rebelde aos padrões de vida impostos pela sociedade ao longo dos anos ou se é só mais uma loucura adolescente pra se ganhar status, só sei que é muito esquisito.

Quero dizer, eu. Eu sempre tive uma criação muito aberta a questões relacionadas a sexualidade. Eu achava esquisitíssimas as histórias de cegonha e crianças nascendo de repolhos, porque até onde EU sabia, meus pais tinham transado. Eu não tinha caído de nenhuma árvore: eu tinha saído da minha mãe, por um corte na barriga dela. E até onde EU tinha sido ensinada, não havia nada errado com o pênis ou com a vagina, muito menos com achar uma menina bonita.

E por essa criação, eu não me senti estranha ou errada quando vi a Angelina Jolie e me deu aquele aperto no coração de admitir que Deus, caramba, essa mulher é gostosa. E também não me senti errada naquele bendito 7 Minutos no Inferno, em que todo mundo se enfiou no closet e eu fui deliberadamente agarrada pela Marcelle. Cara, eu não me senti nem confusa.

Mas daí a ser modinha? Sei lá, cara. Acho muito tenso esse negócio de você escolher - se é que isso não é hereditário, mesmo - sua sexualidade pela mente dos outros. Tipo, já vi meninas ficando com meninas ou dizendo que querem ficar com meninas pra não parecer "por fora". Acho isso... Sei lá. Muito babaca.

Acho que é mais uma daquelas horas em que, na desesperada tentativa de ser diferente, todo mundo termina igual.

4 comentários:

  1. O último parágrafo define a história da adolescência desde sempre.

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  2. OMG, muito bom o teu texto, adorei! e concordo que o último parágrafo define bem a adolescência!
    Na modinha, quando a pessoa quer ser diferente ela acaba se tornando igual ás outras. rs!
    Beijos, Francielly

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  3. concordo totalmente com o texto enquanto fala a respeito das modinhas, tudo isso é ridículo. o caso é que tem três opções (que eu saiba) pra alguém que quer agarrar alguém do mesmo sexo: curiosidade, modinha e desejo, rs.
    beijos audy <3

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  4. Adoreeei o textoo :D
    asho totalmente shato as pessoas irem pela cabeça dos outros qnto a isso. E eu sou bi, não pq a maioria do mundo eh hoje em dia.
    Eu sou pq eu sou super atraída por homens, mas asho as mulheres irresistíveis tbm.

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